Riscos da automedicação

Riscos da automedicação

Algumas doenças crónicas podem piorar se se tomar um fármaco de venda livre de maneira inadequada. Os anti-histamínicos, que se encontram nos hipnóticos de venda sem prescrição, nos fármacos para a alergia e nos remédios para a tosse, o resfriado ou a gripe, não devem ser ingeridos por alguém que sofra de asma, de enfisema ou de processos pulmonares crónicos, a menos que o médico o indique. Tomar um anti-histamínico pode complicar também o glaucoma e o aumento do volume da próstata.

Os indivíduos com tensão arterial alta, doenças do coração, diabetes, hipertiroidismo ou um aumento do tamanho da próstata devem consultar um médico ou um farmacêutico antes de tomar descongestionantes ou anti-histamínicos, uma vez que os seus efeitos adversos podem ser perigosos.

Se se sofre de uma doença grave em qualquer idade, deve consultar-se um médico ou um farmacêutico antes de adquirir fármacos de venda sem prescrição. Por exemplo, é necessário aconselhar os diabéticos sobre um xarope para a tosse que não contenha açúcar.

Os doentes alcoólicos que participam num programa de desintoxicação devem evitar os medicamentos para o resfriado que contenham álcool; alguns contêm até 25 % de álcool. Os doentes do coração, no caso de necessitarem de tratar uma constipação ou um simples mal-estar do estômago, podem necessitar de aconselhamento para escolher produtos que não tenham interacção com os fármacos prescritos pelo seu médico.

Os fármacos de venda sem receita estão destinados, principalmente, a um uso ocasional por indivíduos basicamente saudáveis. Dado isso, os doentes crónicos ou quem tiver a intenção de tomar diariamente um fármaco devem consultar antes o médico, porque tal uso excede os limites normais da automedicação e requer o aconselhamento de um especialista.